Faleceu em França um dos maiores filósofos e vultos da cultura portuguesa do século XX e deste princípio do século XXI, Fernando Gil, com 69 anos de idade.
Fernando Gil publicou várias obras. Era professor universitário em França e na Universidade Nova de Lisboa. Vivia a maior parte do tempo na capital francesa, onde se exilou no tempo da ditadura.
Foi um grande investigador da filosofia, bem como da ciência, cujo diálogo sempre defendeu.
Politicamente, sempre se bateu pela liberdade e a democracia, condenando todos os totalitarismos e autoritarismos, de "direita" ou de "esquerda". Anti-salazarista, refugiou-se no país onde faleceu, como atrás referimos.
Após o 25 de Abril sempre se manifestou contra os que pretendiam o regresso à "belle epoque" salazarista e a transformação de Portugal numa Cuba ou numa China da Europa, tendo andado na orla do PS e sido assessor de Mário Soares. Nas últimas presidenciais apoiou Cavaco Silva, tendo pertencido à Comissão de Honra da sua candidatura.
Portugal perdeu um dos seus maiores pensadores e intelectuais das últimas 4 ou 5 décadas.
Em diversos jornais foram publicados artigos sobre a sua vida e obra. As televisões também se referiram à sua morte. Na RTP passou ontem uma entrevista que Fernando Gil concedeu, há alguns anos, à jornalista Ana Sousa Dias, naquela estação. Não consta, no entanto, que haja imagens prolongadas do seu funeral em qualquer das televisões. Era um homem de cultura, não era futebolista.
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