quarta-feira, 8 de março de 2006

COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Hoje, dia 8 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher.
Há muito mais de 100 anos, em pleno século XIX, nos EUA, operárias miseravelmente pagas, sem assistência social e com horários de trabalho - à semelhança dos homens - de 14 e 16 horas por dia, fizeram greve em defesa dos seus direitos de trabalhadoras e mulheres. Uma das suas reivindicações era a das 8 horas de trabalho diárias.
A repressão que se fez abater sobre as operárias foi de uma enorme ferocidade. Muitas foram presas e fuziladas. Porque tal aconteceu a 8 de Março, este dia passou a ser considerado o Dia Internacional da Mulher.
Estava-se em pleno auge do capitalismo selvagem, mesmo em sociedades democráticas. Durante o século XX houve uma evolução humanista do sistema capitalista, mostrando-se, aliás, o único capaz de criar riqueza, emprego e melhorar as condições de vida das classes mais pobres, bem como originar classes médias maioritárias, desde que regulado pelo Estado de Direito Democrático. Para tal foram introduzidas nas sociedades democráticas muitas das posições da doutrina social da Igreja Católica e alguns aspectos positivos dos socialismos, marxismo incluido. Foi assim, aliás, que o capitalismo venceu o socialismo, convertendo a esmagadora maioria dos partidos que ainda se afirmam socialistas à economia de mercado e pondo praticamente fim à utopia comunista.
No entanto, como dizia o insuspeito de simpatias com o marxismo João Paulo II, há mais de 10 anos, após a queda do comunismo, o capitalismo selvagem voltou a mostrar a sua faceta. Os factos apenas têm comprovado o que aquele Papa afirmou.
Uma das principais tarefas dos vencedores, nos planos político e económico, das últimas décadas, os liberais, é travar este novo capitalismo selvagem e impulsionar o capitalismo popular teorizado e desenvolvido por Reagan ou Thatcher.
Também as mulheres garantiram uma série de outros direitos então negados: de eleger e ser eleitas, acesso ao emprego e a lugares de chefia, ou na família, onde têm os mesmos direitos e responsabilidades dos homens, nomeadamente em relação aos filhos. No entanto, mesmo nas sociedades mais desenvolvidas ainda falta dar mais alguns passos no caminho da plena igualdade entre sexos, como prova, por exemplo, um relatório recente de Bruxelas onde se afirma ganharem as mulheres, em média, na UE, menos 15% que os homens. Também aqui os liberais devem provar que a "esquerda" não tem o monopólio do coração e da Justiça.

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