Na capa do jornal "O Crime", hoje mesmo publicado, vinha uma manchete que afirmava encontrar-se bastante doente e a receber apenas 200 (duzentos!!!) euros por mês a antiga vedeta do Torres Novas, do Setúbal e do Benfica (penso que também alinhou no Belenenses, mas não tenho a certeza. Se alguém confirmar que jogou pelo clube da cruz de Cristo, agradeço que publique tal informação neste blogue), bem como da selecção nacional, a qual, aliás orientou mais tarde, José Torres.
Torres foi, nos anos 60, uma das glórias do Benfica. Foi titular dos "magriços" no mundial de 1966. Era considerado então um dos melhores avançados do mundo. A sua especialidade eram, em parte devido à sua altura, os golos de cabeça.
Já nos anos 70, com os 30 anos bem ultrapassados, ainda jogou no Setúbal e na selecção nacional.
Hoje, a confirmar-se a manchete do "Crime", está abandonado por quem ajudou a engrandecer: o Benfica, especialmente, a nível de clubes, e o País.
Recordamos o triste episódio de alguém ligado à FPF que não queria deixar entrar Mário Coluna, há mais de 20 anos, no desafio Portugal-URSS, que vencemos com um penalty inexistente, apurando-nos, consequentemente para a fase final do Europeu de Futebol de 1984. Coluna foi durante largos anos capitão do Benfica e da selecção, dando grandes alegrias ao futebol português.
Depois de abandonarem o futebol, não se ajudam os craques necessitados? Só interessam quando garantem grandes receitas nos estádios?
É por estas e por outras: o processo do apito dourado, o escândalo de algumas arbitragens ou a utilização do futebol para lavagem de dinheiro do mundo do crime, que cada vez há mais razão para afirmar estar o futebol pôdre, pois é mais uma negociata suja onde não há sentido de gratidão que um desporto.
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