domingo, 26 de agosto de 2007

FALECEU EDUARDO PRADO COELHO



Faleceu um dos maiores intelectuais portugueses do séc XX e princípios do séc XXI, Eduardo Prado Coelho.
Como milhões de pessoas honestas, no mundo inteiro, começou por depositar esperança no marxismo-leninismo, tornando-se militante do PCP quando era muito difícil sê-lo: antes do 25 de Abril.
Poucos meses após aquela data libertadora, abandonou o PCP, tendo, posteriormente, passado pela UEDS, encontrando-se, presentemente, na área do PS (desconheço se era seu militante).
Foi sempre um defensor da liberdade e da democracia e um combatente de todos os totalitarismos, conservadorismos e da hipocrisia moral.
Numa altura em que cada vez imperam mais os tecnocratas, incultos e oportunistas na classe política portuguesa, especialmente no PSD e no PS, com destaque para as suas estruturas locais e distritais, e assistimos a não poucas manifestações de conservadorismo social e moralismo hipócrita (atenção, que também repudio o relativismo moral corrosivo da liberdade), um Homem e Intelectual como Prado Coelho deixa falta na nossa sociedade.
Recentemente, faleceu também na Grã-Bretanha Lord Dedees, ex-director do "Daily Telegraph", militante do Partido Conservador, ex-deputado, ex-secretário de Estado e ex-ministro, outro combatente pela liberdade e contra as ditaduras. Obteve uma elevada condecoração pela sua participação na 2ª Grande Guerra Mundial contra a besta nazi.
Um da chamada esquerda democrática, outro da chamada direita democrática (para o autor destas linhas, os termos direita e esquerda estão desactualizados na política), ambos lutaram pela liberdade a que temos direito. O ambiente intelectual ficou mais pobre com os seus passamentos. Aqui lhes prestamos sentida homenagem.

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