sábado, 7 de outubro de 2006

DIZ O "SOL" DE HOJE

EMPRESA (AVILAFÕES) FAZ DESCARGAS DIRECTAS PARA O RIO E INFRINGE A LEI

A edição de hoje do semanário "SOL" inclui uma notícia sobre as descargas da Avilafões para o Rio Trouço, onde se afirma que tal empresa infringe a lei.
Aquela notícia refere que um "abaixo-assinado de 1 018 cidadãos é a mais recente iniciativa de protesto contra a Avilafões. A par de várias contraordenações, a empresa viu em Julho a sua actividade parcialmente suspensa por incumprimento da lei ambiental".
Dois ex-trabalhadores da Avilafões afirmam àquele periódico que as descargas de efluentes são feitas às 6ªs-feiras e sábados, de madrugada, para o Rio Trouço, apesar de haver um sistema de tratamento, existindo ainda máquinas sem vistoria, chaminés sem filtro e fugas de nafta constantes. Um destes trabalhadores diz que "as normas de higiene não são cumpridas". Pedida a opinião do responsável da firma, o mesmo não se mostrou disponível para prestar declarações.
Segundo um morador de Carregal, "há pessoas residentes nas proximidades da Avilafões que têm problemas de saúde, especialmente comichões no nariz e na garganta". Algumas dessas pessoas foram socorridas pela emergência médica durante as vindimas, em consequência de tais sintomas.
Na mesma notícia, o Dr. Cardoso da Rocha, médico e proprietário da Quinta da Comenda, diz que "mais cedo ou mais tarde vão surgir patologias" derivadas dos dejectos, do sangue e das penas das aves que poluem o rio.
O "Sol" refere ainda que a delegada de saúde de Vouzela emitiu, no passado dia 18 de Setembro, um parecer a reprovar a actividade da Avilafões. A delegada de saúde de S. Pedro do Sul diz existir um perigo para a saúde pública no nosso concelho, dada a captação de água para abastecimento público das Termas ser feita directamente do Rio Vouga e próximo de onde desagua o Trouço.
As Câmaras Municipais de S. Pedro do Sul e de Vouzela, os grupos parlamentares da Assembleia Municipal de S. Pedro do Sul (PSD e PS), as Juntas das Freguesias afectadas pelas descargas em causa, incluindo a de S. Pedro do Sul, já se manifestaram contra esta situação, em defesa do meio ambiente e da saúde das populações. O resolução do problema está nas mãos do Ministério do Ambiente.
No entanto, também em declarações ao "Sol", o subdirector da Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral, Luis Brás Marques, diz que e a CCRC ou a autoridade de saúde podem "invocar situação de crime ambiental para encerrar a Avilafões, mas nem uma nem outra propuseram até agora o encerramento da fábrica".
Perante este quadro, esperam as populações afectadas que cada um assuma as suas responsabilidades e sejam assegurados a saúde e o bem-estar públicos.

Sem comentários:

Enviar um comentário