sábado, 16 de setembro de 2006

FALECEU ORIANA FALACCI, UMA INTRÉPIDA DEFENSORA DA LIBERDADE




Faleceu ontem, dia 15 de Setembro, Oriana Fallaci, escritora e jornalista italiana, que contava 77 anos de idade.
Oriana Falacci entrevistou várias figuras de relevo internacional, como Teng Siao Ping, Kissinger, Komeini, ou Álvaro Cunhal, o português até hoje mais importante no movimento comunista internacional.
Na entrevista concedida àquela intelectual italiana, em 1975, Cunhal afirmou que em Portugal jamais haveria uma "democracia parlamentar burguesa". Enganou-se, como todos sabemos.
Oriana Fallacci, na juventude, como várias pessoas da sua geração, foi de esquerda e militou na área marxista.
Posteriormente, mudou de ideias, passando a condenar todos os totalitarismos, de direita e de esquerda. Aos responsáveis por regimes anti-democráticos chamava pelos nomes próprios: ditadores e tiranos.
Nos últimos anos, empenhou-se na denúncia dos piores inimigos da liberdade nos nossos dias: os fundamentalistas islâmicos.
Contra o politicamente correcto, teve a coragem de afirmar que o terrorismo praticado por aquela gente se devia ao facto de o islamismo, contrariamente ao cristianismo, cujos responsáveis também cometeram muitos crimes nas cruzadas ou durante a Inquisição, por exemplo, não ter sido capaz de efectuar mudanças como a reforma protestante, o Concílio Vaticano II, ou a aceitação do Estado laico.
A esta intrépida defensora da liberdade, prestamos a nossa última homenagem, desejando que descanse em paz.

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