Os cheiros nauseabundos provocados pelo depósito de uma grande quantidade de restos de animais num armazém da zona industrial de Vouzela, que não se encontra licenciado para aquela actividade, motivaram ontem a intervenção da Autoridade de Saúde e da GNR, que levantou um auto de contra-ordenação à empresa Avilafões, proprietária do armazém e dos restos de animais que são utilizados para a produção de farinhas .
Segundo o JN conseguiu apurar, os restos de animais estão muito deles depositados em sacos e, outros, a granel.O armazém ocupa as antigas instalações da CTV na Zona Industrial de Monte Cavalos, em Vouzela. Depois de ter sido utilizada como oficina e garagem para os carros da Avilafões, começou há pouco mais de uma semana a ser utilizado como depósito dos restos de animais.A delegada de Saúde, Maria Alexandre, disse ao JN que constatou naquele armazém uma "situação irregular" devido aos riscos de insalubridade, tendo participado o caso às entidades de licenciamento e de fiscalização, no caso a Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral, Direcção Geral de Veterinária e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Um porta-voz do Destacamento de Viseu da GNR também confirmou ao JN a situação irregular em que se encontra o armazém, tendo referido que foi levantado um auto de contra ordenação para aplicação de uma coima que pode atingir os 12250 euros.Também a Câmara de Vouzela foi alertada para a situação. O presidente da autarquia, Telmo Antunes, assegurou que a edilidade vai intervir, lembrando que na Zona Industrial de Vouzela não está licenciado nenhuma armazém para deposito de resíduos de animais. "Não está nem vai ser licenciado pela Câmara, já que esta não pode licenciar aquelas actividades, uma vez que implica um conflito com as outras actividades que lá estão, como um armazém de produtos alimentares" , disse.
Jesus Zing, no "Jornal de Notícias" de 4/7/006
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