sexta-feira, 21 de setembro de 2007

AQUILINO RIBEIRO NO PANTEÃO NACIONAL

Num acto de justiça, o democrata, republicano e grande escritor beirão, natural de Carregosa - Sernancelhe e que viveu também em Soutosa - Moimenta da Beira, Aquilino Ribeiro, foi trasladado para o Panteão Nacional, em cerimónia na qual estiveram presentes o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro e representantes de todos os partidos parlamentares.
Aquilino Ribeiro foi um dos maiores escritores portugueses de sempre. Obras suas como "Quando os Lobos Uivam" ou a "Casa Grande de Romarigães" aí estão a confirmá-lo.
Sempre se bateu pela liberdade, a democracia e a justiça social.
Alguns poucos, fanáticos e nostálgicos da "belle epoque" salazarista, chamam-lhe terrorista, porque participou em acções armadas em defesa da República e da Liberdade. Combater regimes totalitários ou autoritários pelas armas não é terrorismo. A luta armada é a única forma de os fazer cair. Serão as revoluções americana, francesa ou inglesa de 1688 crimes e actos terroristas? Foi a partir delas que se implantaram os conceitos modernos de democracia e liberalismo. O 25 de Abril também foi um acto subversivo. Será crime para esses senhores?
É bom recordar que quem apelida Aquilino de terrorista defendeu o terrorismo de estado praticado pelo regime de Salazar, o qual prendeu, torturou e assassinou muitos democratas. Ribeiro Santos, Humberto Delgado, Dias Coelho, Catarina Eufémia, Alfredo Dinis (Alex) são algumas das vítimas mortais do salazarismo.
O registo aqui fica para que a ditadura não se esqueça e quem vilipendia um Homem vertical como Aquilino ponha um espelho à frente dos olhos.

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