segunda-feira, 30 de maio de 2011

ALMOÇO DOS DESEMPARELHADOS

Há quase um quarto de século, teve início o almoço anual dos chamados desemparelhados (pessoas cujo nome é único em Negrelos). Mais tarde aquele convívio alargou-se a todos quantos no mesmo quisessem participar, independentemente do seu nome, o que aconteceu mais uma vez no passado dia 29 de Maio (domingo), na Casa do Paço, em Bordonhos.
Aos "desemparelhados" apresentamos parabens por não deixarem cair esta tradição.

domingo, 15 de maio de 2011

SUICÍDIO NA PONTE DO COMBOIO

No passado dia 12 de Maio, por volta das 22,00 horas, Jorge Correia, solteiro, engenheiro electrotécnico, de 48 anos de idade, residente na localidade de Outeiro da Comenda, da freguesia e concelho de S. Pedro do Sul, suicidou-se, tendo saltado da chamada ponte do comboio, que liga a antiga estação dos Caminhos de Ferro a Negrelos, para a estrada que une esta povoação a Fataunços.
Segundo várias testemunhas, o infortunado Jorge Correia tentou, por várias vezes, na tarde daquele dia, pôr termo à vida, chegando a colocar-se na parte exterior das grades daquela ponte. As chamadas de atenção daquelas testemunhas impediram-no de cometer o acto consumado já pela noite.
O suicida terá deixado a sua viatura, com as portas abertas, no tabuleiro da ponte, lançando-se para o alcatrão da estrada. Quando os bombeiros chegaram o infeliz Joaquim ainda estava vivo. Conduzido ao Centro de Saúde de S. Pedro do Sul, acabaria por sucumbir aos gravíssimos ferimentos que sofreu.
Soubemos junto de amigos seus que o Eng. Joaquim Correia era natural do Outeiro da Comenda, tendo residido com os seus pais, durante largos anos, em Almada. Após ter concluido a sua licenciatura em engenharia electrotécnica, trabalhou durante vários anos numa multinacional, tendo sido aposentado antecipadamente devido a problemas do foro psicológico. Foi um excelente aluno na escola onde completou o seu curso e uma pessoa dotada de rara inteligência. Nos últimos tempos, os seus pais foram acometidos de graves problemas de saúde. Era filho único, vivendo com o seu pai, que se encontrava cego, enquanto a sua mãe padecia da doença de Alzheimer, tendo sido internada no lar da Misericórdia de Santo António, em S. Pedro do Sul. Todos estes factos terão contribuido para este triste fim.
A terminar, lamentamos que quando escrevemos (três dias após o suicídio) o sangue vertido pelo Eng. Joaquim Correia ainda não tenha sido limpo do local, o que constitui uma ofensa à sua memória e a quem ali passa.